Guimarães - algum património construído

Castelo de Guimarães

Num artigo anterior, sugerimos um passeio por alguns locais emblemáticos da cidade de Guimarães, cujo centro medieval e quinhentista foi classificado pela UNESCO como Património Mundial.
Neste post, vamos disponibilizar algumas fotos e informações sucintas sobre algum do património que pode ser visto e visitado durante esse passeio pela cidade, que foi Capital Europeia da Cultura em 2012.

Castelo de Guimarães

O castelo de Guimarães é um dos monumentos mais conhecidos de Portugal, carregando a carga simbólica que lhe foi dada na década de 40, do século passado, de símbolo da nacionalidade.
Ao contrário do que tantas vezes se escreveu, este castelo não foi construído por D. Afonso Henriques mas pela Condessa Mumadona Dias (viúva de Hermenegildo Gonçalves), no século X, para defesa do recém fundado mosteiro de Guimarães. 
Condessa Mumadona Dias
A ligar ambos, um caminho que, no futuro, será a rua de Santa Maria.
Daí em diante, obras de diferentes épocas foram reforçando a capacidade defensiva do edifício: D. Afonso III, D. Dinis, D. Fernando, D. João I, todos eles acrescentaram algo à fortificação existente.
O aspeto atual do castelo foi fortemente marcado pelas obras de recuperação feitas nos anos 40, levadas a cabo no âmbito das comemorações do “Duplo Centenário da Formação da Nacionalidade e da Restauração (1140-1640-1940)”, que teve como principal manifestação a Exposição do Mundo Português, em Lisboa.

Apresenta atualmente uma planta sub-triangular, com cerca delimitando um pátio central, no qual se implanta a torre de menagem. 
A cerca é reforçada por oito torres quadrangulares, quatro das quais serviam para a defesa das duas portas de acesso ao interior.

Museu Alberto Sampaio

Ocupa a antiga colegiada de Nossa Senhora da Oliveira
Aqui se expõem pintura, arte sacra, escultura e peças oriundas de diversas igrejas da cidade, caso do retábulo da igreja da Colegiada (1665) cujo tema é o voto que D. João I veio fazer à igreja antes da Batalha de Aljubarrota.

Museu Martins Sarmento

O nome evoca um dos pioneiros da arqueologia portuguesa, Francisco Martins Sarmento (1883-99).
Ocupa o claustro do antigo convento de São Domingos, junto à Igreja homónima. 
Aqui se guarda o espólio de diversas campanhas arqueológicas, nomeadamente da Citânia de Briteiros.

Igreja de Nossa Senhora da Oliveira

Fica no largo com a mesma designação, no coração do centro histórico vimaranense. 
Tem portal gótico, em cujo frontão figuram as estátuas de D. Nuno Álvares Pereira, D. João I e da Rainha D. Filipa de Lencastre
Substituiu a igreja românica mandada erguer pela condessa Mumadona Dias e reedificada por D. Afonso Henriques
D. João I, que partiu de Guimarães para a Batalha de Aljubarrota, mandou reedificá-la ao gosto gótico, em 1387.

Igreja dos Santos Passos

Templo barroco, avista-se da Alameda de São Dâmaso, inconfundível com as suas torres, altas e muito esguias. 
O desenho original é do arquiteto setecentista André Soares, que também deixou obra na vizinha cidade de Braga.

Padrão do Salado

Pequeno monumento gótico, fronteiro à Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, mandado erguer por D. Afonso IV para comemorar a vitória luso-castelhana sobre os mouros em 1340, naquela que foi a última grande batalha da reconquista peninsular.
Padrão do Salado

Domus Municipalis

A construção destes antigos paços do concelho, cujas arcadas separam o Largo da Oliveira da Praça de Santiago, remonta ao reinado de D. João I
Contudo, a sua traça seria marcada por obras seiscentistas, dirigidas por João Lopes de Amorim.

Igreja de São Domingos

Templo de estrutura original gótica localizado na Rua de D. João I, ao qual foi acrescentado um portal barroco (1770). 
No interior, o retábulo da capela-mor é de influência neoclássica.

Paço Ducal (Paço dos Duques de Bragança)

O edifício que hoje podemos visitar corresponde a uma reconstrução quase integral levada a cabo durante o Estado Novo e mandado rechear com o espólio de outros museus e palácios nacionais, como as famosas cópias das tapeçarias de Pastrana, inspiradas na tomada de Ceuta.
Paço dos Duques de Bragança

Capela de São Miguel

Capelinha românica, situada na colina do castelo e onde – segundo a lenda – terá sido baptizado o futuro primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques
Foi recuperada pelos Monumentos Nacionais nos anos 40 do séc. XX, coincidindo com a celebração do Duplo Centenário (800 anos da fundação de Portugal e 300 anos da Restauração da Independência).
Capela de São Miguel

Capelas dos Passos da Paixão

São uma série de pequenos oratórios setecentistas, espalhados pela zona histórica da cidade. 
No interior, diversas esculturas em madeira figuram os vários episódios da Paixão de Cristo
As portadas exteriores em madeira são abertas nomeadamente por ocasião da Semana Santa.
Texto recolhido e adaptado de várias fontes | Imagens retiradas da net

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